Circuito Elétrico

























Lenda
Circuito Elétrico
Tutorial
FBAUP 2014
Joana Barros | Maria João Portela | Patrícia Vior
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Os Sioux eram uma população indígena da América do Norte dividida em três subculturas: os Santee, os Yankton-Yanktonai e os Lakota. Os Lakota, uma tribo que habitava as Grandes Planícies da América do Norte, eram conhecidos pela sua caça e cultura guerreira.
Em 1705, uma das subtribos dos Lakota, Húŋkpapȟa, era governada pelo chefe Chatan Ohítika (Brave Hawk).
Na linha de sucessão, estava o filho do grande chefe, Kangee Ohítika (Brave Crow), que ansiava a todo custo ocupar o lugar do pai o mais rapidamente possível. Sedento de poder, Kangee tenta matar o seu pai durante uma ida à caça, sendo imobilizado por outros guerreiros antes de cumprir o seu objetivo. O pai, como punição pelos seus atos ,expulsa-o da tribo. Kangee vagueou pelas montanhas de Dakota do Norte até se cruzar com Howahkan (Mysterious Voice), um poderoso xamã de magia negra. Howahkan acolheu-o e tornou-se seu mestre, ensinando a Kangee como dominar a magia negra.
Os anos foram passando e Kangee foi construindo um plano para se vingar do seu pai e assumir o lugar de chefe da tribo.
Em 1730, após anos de ensinamentos e de planeamento, Kangee põe finalmente o seu plano em prática. Usando o seu próprio mestre xamã como sacrifício, invoca os poderes do deus Jurupari para construir um perigoso Caça-Sonhos demoníaco.
Os Ojibwas acreditam que quando chega a noite, o ar é percorrido por sonhos bons e maus. Os Caça-Sonhos são um amuleto da cultura indígena Ojibwa que separa os sonhos bons das energias negativas: os sonhos bons atravessam a rede do caça sonhos, enquanto que os pesadelos ficam perdidos e acabam presos na rede.
Jurupari era o deus da escuridão e do mal que visitava os índios em sonhos, assustando-os com terríveis pesadelos, ao mesmo tempo que os impedia de gritar, asfixiando-os, por vezes, até à morte.
O Caça-Sonhos criado por Kangee Ohítika não protegia os índios dos pesadelos, antes os amplificava, sendo mesmo capaz de os asfixar durante o sono, à semelhança do que fazia Jurupari.
Kangee regressa à sua tribo, dizendo vir em paz e querendo apenas falar com o seu pai. Chatan Ohítika hesita, mas acaba por aceder em falar com o seu filho. Kangee diz-lhe ter-se tornado num xamã e que a sua sabedoria e os anos que passaram lhe fizeram aperceber -se da gravidade dos seus atos e da sua ignorância na altura. Kangee pede ao pai que lhe perdoe pelos erros cometidos no passado e oferece-lhe o Caça-Sonhos como sinal de arrependimento.
Chatan, comovido pela atitude e humildade do filho, decide aceitá-lo de volta na tribo, mas diz-lhe que nunca poderá assumir o lugar de chefe.
Chatan Ohítika pendura a oferenda do filho na sua tenda para que o caça-sonhos o protege das energias negativas. No entanto, durante a noite, o contrário ocorre – o chefe é invadido por horríveis pesadelos e, sendo incapaz de gritar, acaba por morrer asfixiado durante o sono.
Na manhã seguinte, o chefe é encontrado morto e Kangee comunica a toda a tribo ser, na verdade, um poderoso xamã de magia negra, acrescentando que o seu amuleto foi responsável pela morte do seu pai para logo se autoproclamar chefe da tribo. Assumindo o seu posto, ameaça com o mesmo destino do seu pai todos os que o tentam enfrentar . Kangee explica que o caça-sonhos possui forte magia negra e que quem o tente destruir sofrerá uma terrível morte assim como todos os que lhe são próximos.
Os habitantes da tribo vivem em medo temendo as represálias do chefe e muitos dos guerreiros da tribo acabaram por se aliar àquele devido ao seu poder.